NOVO PLANO DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO E OS 20 BILHÕES DE REAIS DE INVESTIMENTO
Nosso setor vê com otimismo o lançamento do Novo PAC – Plano de Aceleração do Crescimento. Este otimismo está alicerçado na promessa – que já é uma definição, objetivamente – de um investimento público bem maior.
Para se ter uma ideia: só neste ano de 2023 estão previstos 20 bilhões de reais de investimento. Já em 2024, e nos anos subsequentes, serão 60 bilhões de reais – ou seja, três vezes mais do que esta primeira rodada, e sete vezes mais que a média investida nos últimos 15 anos.
Neste mesmo podemos considerar o importantíssimo incremento dos investimentos no Programa Minha Casa, Minha Vida. A participação deste programa na construção de novas unidades habitacionais, nos últimos anos, foi muito pequena. O déficit habitacional está concentrado nas faixas de um e meio salário mínimo – obviamente, é necessário muito subsídio pra atender essa faixa!
Outra questão bastante interessante fica por conta das demandas que governadores estão incluindo no PAC, como a construção de unidades de ensino, unidades de saúde e outras obras locais – é o chamado deficit social.
Além disso tudo, também está muito interessante a orientação de que se tragam propostas novas (as chamadas PPPs – Parcerias Público Privadas) com prioridade para pequenas e médias obras, e não mais as gigantes.
Ainda assim, é óbvio que nós temos que nos manter atentos às movimentações que estão em andamento no Congresso. O arcabouço fiscal, a Reforma Tributária, a reforma sobre imposto de renda… enfim, tudo isso vai sinalizar, de forma clara, se existirão mesmo (ou não!) os recursos necessários para essa onda dos investimentos.
Mas o importante é que a sinalização é positiva. Ela aponta para ações que, para o nosso setor, são fundamentais – afinal, estão fortemente alicerçadas em materiais de construção.
Cláudio Conz- Presidente do Sincomaco – São Paulo e Membro do conselho superior da indústria da construção da Fiesp